sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OS AGROTÓXICOS MATAM(III)

Nobel para a Revolução Verde

Todo esse desastre ambiental e humano produziu, contraditoriamente, um Premio Nobel da Paz, na pessoa do agrônomo Norman Ernest Borlaug, pesquisador dos EUA, cujas técnicas de melhoramento  genético do trigo, foram desenvolvidas no CYMMIT, México. O México se tornou o centro da Revolução Verde. Se tratava de um novo modelo de produção agrícola impulsionado em meados do século XX para a expansão dos agronegócios a partir da utilização intensiva de sementes híbridas, fertilizantes químicos, os chamados " defensivos" (agrotóxicos) e a mecanizaçãoextensiva no campo. Quando terminou a Segunda Guerra Mundial, este foi o caminho imposto pelo complexo militar industrial para manter seus vultuosos lucros. Os explosivos foram convertidos em fertilizantes nitrogenados, os gases mortais em pesticidas y os tanques de guerra convertidos em tratores. Desde então, autilização de agrotóxicos se difundiu, intensamente, na agricultura com a justificativa de que o incremento nos rendimentos levaria ao fim dafome. Porém o seu uso se extendeu também na industria, nas residências e até em campanhas de saúde pública para combater enfermidades como o paludismo(malária). O agronegócio conquistou mentalidade, ampliou o monocultivo, favoreceu a concentração da terra e consolidou o poder político dos grandes produtores. aumento, também, a exploração do trabalho, a migraçãocampo-cidade e o desemprego no campo. Simultaneamente, incrementou o lucrocapitalista dos grandes proprietários rurais e das transnacionais das industrias química, metalúrgica e biotecnológica envolvidas no processo. Desde o inicio, essa matriz ideológica, contou com o apoio do aparelho governamental e instituições científicas e tecnológicas, como uma normaimposta mundialmente para subsidiar as empresas multinacionais com dinheiro público. Os pobres agricultores do terceiro mundo passaram a financiar os ricos. Continua...

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