quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

OS DESIGUAIS E " OS DESATRES NATURAIS"

O texto do engenheiro florestal e advogado Paulo de Tarso Lara Pires (Gazeta do povo de16/02/12) está muito bem centrado. Os seus estudos apontam para a dura e triste realidade que mesmo os " desastres naturais" não conseguem mascarar a verdade: ascatástrofes só penalizam,só prejudicam, na sua violência, os pobres, os chamados "deserdados da sorte". Porque a sorte está sempre com a elite, a burguesia. segundo do pesquisador e especialista no assunto,Paulo Lara Pires " Os mais pobres e os mais velhos são frequentemente os mais atingidos e os últimos a serem atendidos em grande parte das crises".  Citou o caso do Furacão Katrina em 2005 que atingiu NewOrleans, que desabrigou 1 milhão de pessoas. A constatação do estudioso insuspeito é de que " 60% dos desabrigados (Caso Katrina) e alojadosnos ginásios e outros espaços públicos, em condições precárias, eram afrodescendentes de baixa renda".  No caso do Tsunami no Japão em 26 de dezembro de 2004 " que vitimou 150 mil pessoas e desabrigou outrastantas. O impacto não se deu de forma igual sobre toda a população. Os mais pobres foramsignificativamente os mais afetados". No Brasil a situação não é diferente. As catástrofes; os deslizamentos e enchentes que atingiram o Rio de Janeiro, SantaCatarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul  sempre, prioritariamente, prejudicaram os pobres; as eleites,classe média alta e burguesia ficaram de fora. Parece que deus não gosta de pobre! Vejam que os dirigentes cristãos do Paraná até agora não fizeram nada para atender os 28 mil atingidos  dos municípios de Morretes, Antonina e Paranaguá. Outra constatação e recomendação do técnico é de que oCódigo Florestal , " que proibe a construção em áreas com declividade superior a45 graus e áreas de entorno de rios e cursos d'água" devem ser respeitadas. Mas existe uma caterva parlamentar desmatadeira que quer mexer nesses parâmetros em propondo uma nova redação ao nosso Código Florestal. A prioridade, para esses parlamentares, é atender aos anseios das multinacionais do agronegócios e seus aliados lacaios e sabujos nacionais.

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