domingo, 4 de novembro de 2012

MAIS UM CRIME DO CAPITALISMO: A EXPROPRIAÇÃO DAS ÁGUAS





Guia sobre a apropriação mundial  das águas

Nos últimos anos, o fenômeno da "apropriação de terras global" tem despertado grande atenção, entre outras coisas, pela fase de grande expansão do comércio e especulação de terras tendo como resultado  a desapropriação das comunidades rurais. Estas operações são conduzidas principalmente, mas não exclusivamente, para a produção e exportação em grande escala de alimentos e biocombustíveis. Agora, começam a soar o alarme sobre um outro fenômeno paralelo, o da " apropriação mundial das  águas ", e que este recurso  estaria se convertendo em  outro commodity importante, um  'ouro azul'  cobiçado por estados e investidores em todo o mundo.

Água tornou-se um novo objeto de apropriação e representa um fator crítico em muitas áreas, tais como meio ambiente, energia, alimentos e desenvolvimento. Neste guia básico, 12 questões chave são abordados sobre o fenômeno crescente da apropariação das águas.

 O que é a " apropriação das águas “?
O termo " acaparamento  das águas”- ou apropriação das aguas " refere-se a situações em que os atores poderosos assumem o controle de recursos valiosos e bacias hidrográficas para seu próprio benefício, privando-os das comunidades locais, cuja subsistência depende destes recursos e ecossistemas.  A capacidade de obter o controle dos recursos está ligada a processos de mercantilização, privatização e apropriação de bens comuns. Estes processos convertem a água um recurso aberto e disponível a todos, à um  bem  privado cujo acesso deve ser  negociado  e somente  baseado na capacidade de pagamento.


A acumulação das água se manifesta de várias formas, desde a extração para grandes  monoculturas  de produção industrial de alimentos e combustíveis até  a construção de represas  para  energia hidrelétrica, através da apropriação corporativa  dos recursos hídricos públicos. O fenômeno também é uma parte inerente de um modelo de desenvolvimento que é reforçado pelo comércio de "água virtual".

A nova dimensão contemporânea  da  acumulação das  águas  é que os mecanismos de apropriação dos recursos hídricos e transformá-los em bens privados estão muito mais avançados e cada vez mais globalizados e sujeito às leis internacionais sobre investimentos estrangeiros e comércio exterior.
Fonte: rebelion.org

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