sábado, 16 de março de 2013

O PCB E OS NEONAZISTAS


O PCB não se intimida com neonazistas
(Nota Política do Secretariado Nacional do PCB)

O Partido Comunista Brasileiro valoriza a nota publicada pela direção estadual do PSTU no Rio de Janeiro - que reproduzimos na íntegra mais adiante - denunciando tentativa de intimidação por parte de agrupamento neonazista na cidade.

Somos tomados por maior indignação, porque o cartaz intimidatório é dirigido diretamente aos comunistas e, como se vê em sua reprodução, ataca especificamente o símbolo histórico utilizado pelo PCB: a foice e o martelo.

Não lembrou-se entretanto o PSTU de registrar que, no edifício onde se afixaram clandestinamente os cartazes anti-comunistas, além da sede estadual desse partido, está localizada a sede nacional do PCB, que vem sendo ameaçado por setores de direita, por conta da nossa firmeza na apuração e julgamento dos crimes cometidos pela ditadura contra camaradas do nosso Partido e de outras organizações que lutavam na clandestinidade e em função de nosso internacionalismo proletário na luta contra o imperialismo.

Em nossa trajetória, que está prestes a completar 91 anos de luta, os comunistas do PCB fomos a força política que mais fortemente combateu a variante brasileira do nazi-fascismo, o integralismo. Orgulhamo-nos de ter enviado camaradas - verdadeiros heróis da humanidade - para combater tal ideologia na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa e de ter lutado para o Brasil entrar na Segunda Guerra contra o Eixo. Não nos intimidaremos com essa ameaça.

Conclamamos todas as forças progressistas a ficarem atentas e somarem esforços para enfrentarmos essas tentativas de intimidação. A história registra que sempre os primeiros a serem perseguidos pelos nazi-fascistas são os comunistas.

Por isso, lembramos Bertold Brecht em seu poema 'A Indiferença', escrito durante a escala nazista na Europa:


"Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei,
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afetou,
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim.
E quando percebi,
Já era tarde."

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