quinta-feira, 28 de março de 2013

O QUE VAI PELO MUNDO...

1. América Latina e Caribe

A destruição das sementes, a principal estratégia do genocídio, que aconteceu  na Guatemala onde no período de 1982-1984, quando era presidente Efrain Rios Montt que agora vai ser julgado. Na época foi documentado altos níveis de violência caracterizada por massacres - aldeias indígenas arrasadas-, desaparecimentos seletivos individuais e coletivas de ativistas políticos, campones, estudantes e profissionais das diferentes áreas do conhecimento. Quando os militares chegavam até as aldeias, as primeiras ações eram destruir os campos de produção de milho e outras lavouras.

2. Espanha - Transgenicos em grande escala, porém sem registro público sobre sua localização

A Espanha é o primeiro país  na União Europeia (UE) no cultivo em larga escala de sementes geneticamente modificadas.
Segundo o  número de experimentos e da extensão de terras plantadas, Espanha acolhe 42%  dos ensaios experimentais de transgênicos ao ar livre na UE, de acordo com dados do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia.

"É a realização de um experimento em grande escala, sem saber suas conseqüências sobre a saúde, o meio ambiente e o futuro da agricultura", disse ao Terramérica a ambientalista Liliane Spendeler, diretora da Amigos da Terra da Espanha.

Já existem estudos conclusivos sobre a segurança desses OGM para a saúde humana e o meio ambiente. É por isso que a Organização Mundial de Saúde recomenda estudar cada caso individualmente.

Ambientalistas criticam  que não há nenhum registro público da localização das áreas de experimentos semeadas com OGMs.
 
Quando cultivos ecológicos ou  orgânicos  são "contaminados" por variedades geneticamente modificadas, os agricultores perdem esse prêmio e não podem processar o dono das culturas modificadas porque não há nenhum  registro, nem reclamar indenização por danos, porque não está previsto  nas leis  espanholas ou européias, lamenta Spendeler.

Na Espanha, como noutros países da UE, só é permitido  cultivar milho GM. A soja e algodão modificados são importados  da Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos.

"Os alimentos transgênicos produzidos nos países em desenvolvimento enchem o estômago de vacas e porcos nos países industrializados", disse o ativista do Greenpeace sobre esta questão, na Espanha, Luis Ferreirim.
 
"De 1996 à 2011, as culturas biotecnológicas contribuíram para a segurança alimentar, a sustentabilidade (a resposta) e a mudança climática", diz um relatório de  20 de fevereiro do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA,  sigla em Inglês).

De acordo com a ISAAA,  no ano passado foram plantados 170,3 milhões de hectares de culturas GM em todo o mundo, 6% a mais que em 2011. Os EUA são o maior produtor, seguido pelo Brasil.

Na Europa existem 11 estados que dizem não aos OGM, oito deles na UE.. E em 2012 só cultivaram Portugal, Espanha, Roménia, Eslováquia e República Checa.

95%  dessas culturas na UE concentra-se em Espanha (88 por cento) e Portugal (sete por cento).

A ração que se comercializa na Espanha mistura milho transgenico e convencional, o que constitui  "um grave atentado ao direito de escolha " do pecuarista  por uma ração  não  modificada para seus animais, disse Spendeler.

A mistura de alimentação é comercializado na Espanha transgênico e de milho convencional, o que constitui "uma grave violação do direito de escolha" para uma ração de gado sem modificações para os seus animais, disse Spendeler.

Na Espanha, o plantio de milho transgênico começou em 1998 para tratar do impacto econômico da praga, segundo o ministério da Agricultura.

"Será que se justifica o uso desta tecnologia sem dados específicos sobre as perdas causadas por pragas", perguntou Ferreirim.

"Tem sido demonstrado em culturas transgênicas em vários países que, eventualmente, começam a aparecer pragas secundárias, forçando o uso de  outros  pesticidas", disse ele.
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Ferreirim explicou que a variedade de milho  transgénico Bt, da corporação  estadonidense Monsanto, evita o emprego de praguicidas porque produz  em suas flores uma bacteria tóxica para os insetos.

Porem, mesmo que não hajka sempre ameaça de pragas, este milho libera constantemente esse gen que, após  a colheita a, fica  no solo prejudicanto  sua fertilidade, acrescentou.

Segundo  uma pesquisa  publicada em 2010 pela UE, 53% dos espanhois rejeitaram a   introdução genes de outras espécies nos alimentos, enquanto  apenas  27% estavam  de acordo.

Além disso, as experiências de plantações ao ar livre não passam por qualquer tipo  de controle de segurança, disse Ferreirim.
Fonte: rebelion.org
Tradução e adaptação: Valdir Silveira

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