domingo, 22 de dezembro de 2013

OS SECTÁRIOS,AS REFORMAS E A REVOLUÇÃO

Sabemos, de há muito, que não há reforma no capitalismo que resolva o que só a revolução socialista pode resolver, nem há revolução socialista sem uma longa lutacontra a exploração e por reformas. 
A atualidade deste tema é trazidapor aqueles que nos querem enfiar em camisas de força, em esquemas paralisantes de açãorevolucionária, e nos apresentam a idiota alternativa: ou lutas por reformas, ou és um reformista, ou lutas pela revolução, e és um revolucionário. Estes catedráticos, acadêmicos,da revolução revelam a sua suprema ignorância ao verem reforma e revolução como uma dicotomia, incapazes de perceber a dialética concreta do processo concreto.
É verdade que lutar porreformas - que pode ser muita coisa, um hospital público, a nacionalização de um setor estratégico, o aumento do salário, a dimunuição do tempo de trabalho, etc. - não altera a classe que detém o poder, nãose dirige a " resolver" as contradições estruturais da sociedade capitalista, não elimina, apenas mitiga a exploração.
Mas é na resistência à exploração e na luta por reformas que a classe operária se une e toma consciência de si própria - e da sua força, e do  seu projeto- e não por frases bombásticas, grandiloquentes, esquerdizantes.  O papel dos revolucionários, dos comunistas, é dar sentido à luta concreta, é " ser no movimento presente o futuro do movimento", é nãose submeter à realidade mastambém nãose alhear dela, antes mergulhar na luta, unir, organizar, dar perspectiva, dar confiança. E fazê-lo sem alimentar, antescombatendo, quaisquer ilusões sobre a possibilidade (essa sim, utópica!) de um sistema capitalista reformado, humanizado,civilizado. 
tudo o que fazemos prepara o dia em que os trabalhadores tomarão o poder à burguesia. E esse tudo é uma ação diária, conseqüente, revolucionária e coletiva na sociedade onde vivemos e lutamos, razãopelaqual nos organizamos em Partido. 
No reformismo do velho Bernstein, que a grande revolucionáriaRosa Luxemburgo combateu, a luta por reformas é tudo e o objetivo final é nada. Para os revolucionários, para os comunistas, o objetivo final está sempre presente, mas não é tudo, e principalmente, não nos cega, é uma luz que nos ilumina! 



Sem comentários:

Enviar um comentário